sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Sarah é do Piauí, mas o mérito é só dela.


A judoca campeã olímpica Sarah Menezes é piauiense e serve para os inúmeros jovens do Piauí de cabeça vazia que caíram - ou que poderão cair - no consumo de drogas, pela a sua garra e competência na conquista do ouro na legendária Londres. Apesar de  achar sempre desnecessário um desfile em carro aberto do Corpo de Bombeiros pelas as ruas da capital do Piauí, eu vejo isso como uma boa oportunidade para mostrar a juventude desse Estado carente de conquistas, como na vida é possível ter aquilo que almeja com luta e disciplina e que não precisam esperar pela demagogia dos políticos piauienses que só se lembram dos atletas do Piauí quando eles conquistam as suas vitórias mundo afora.
A vitória desse moça, que desembarcou hoje dia 06/08 em Teresina, tira por um momento do povo piauiense aquilo que Nelson Rodrigues havia dito quando o Brasil conquistou a Copa em 1958, nos livramos do “complexo de vira-latas”. A Sarah não é uma heroína, não vai livrar o Piauí da sua miséria secular e dos nossos políticos sanguessugas que se locupletam na base do Governo de Wilson Martins, mas pode fazer com que a juventude - futuro desse Estado - acredite mais e pratique esporte e que não é somente o maldito e alienante futebol que pode nos dar alegrias, afinal de contas o judô brasileiro é sim o esporte a quem devemos muitas deferências na história das Olimpíadas. Foram ao todo  quinze medalhas no total, sendo três de ouro, quatro de prata e oito de bronze. Enquanto o futebol, esse esporte cada vez mais chato e cheio de jogadores mercenários só nos deu medalhas de prata e bronze, deixando-nos anos a fio aguardando por um momento vê-lo no ponto mais alto do pódio. Ainda assim pode conquistar a sua primeira dourada, pois está nas quartas de final e vai enfrentar a zebra Coréia do Sul que derrotou os britânicos donos da casa. Em 1988, nas olimpíadas de Seul, o judoca Aurélio Miguel salvou o Brasil de um vexame de passar aqueles jogos sem receber uma medalha de ouro. Foi o único atleta brasileiro naquele ano que subiu no ponto mais alto do pódio.
Portanto, agradeçamos às outras modalidades como o vôlei, atletismo, natação e judô pelas as poucas medalhas de ouro que conquistamos à cada jogos olímpicos, passemos a olhá-los com mais atenção e incentivando mais os nossos filhos a praticarem e não esperarem pelo o patrocínio estatal para não virarem objeto de propaganda de políticos sacanas como esses que querem se aproveitar da Sarah Menezes. Afinal de contas os Estados Unidos, maior potência olímpica, tem seus esportes completamente mantidos pela a iniciativa privada sem receber nenhum centavo de políticos. Por que não o governo brasileiro dono de insana fome de impostos não incentiva as empresas a investirem mais no esporte? Para que quando  os nossos atletas ponham a medalha de ouro no peito bata nele e diga, é minha. Eu lutei por ela! 

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